"O nome Ártico vem do grego arktos – urso, referindo-se à presença do urso polar. Inclusive o nome do polo oposto, a Antártica, é devido a ausência desse animal, sendo então “Anti-arktos”, ou Antártica.O que permeia na seara internacional nos dias atuais é a luta pelas riquezas do Ártico, diante do aquecimento global e o degelo de suas calotas, e a vasta quantidade de petróleo e gás que lá existem. Com relação ao petróleo, a tabela abaixo é objetiva e
traduz o que os países do Conselho do Ártico estão requerendo:Barris de Petróleo:Ártico – 400 bilhões*Arábia Saudita – 262,7 bilhões*Canadá – 178,9 bilhões*Irã – 132,5 bilhões*Iraque – 112,5 bilhões*Emirados Árabes – 97,8 bilhões*Venezuela – 75,27 bilhões*Rússia – 74,4 bilhões*EUA – 22,45 bilhões*Brasil – 12,22 bilhõesUnião Européia – 7,33 bilhões(Fonte: World Factbook da CIA -
órgão oficial dos EUA)O Conselho Ártico é composto pelos países que tem partes do território dentro da Região Ártica, que são: Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia, Suécia e Dinamarca.A disputa, entretanto, se tornou mais acirrada diante das manifestações dos governantes da Rússia, que neste ano salientaram pela possibilidade do envio de tropas militares a região, dispondo o primeiro-ministro Vladimir Putin que a: “Rússia deverá defender forte e persistentemente seus interesses na região”, no qual informou que requererá a ONU a revisão de partilha do território Ártico.Da guerra fria a guerra do gelo, os países buscam os recursos naturais abundantes da região, e é de bom alvitre discorrer que a maioria das guerras bélicas envolvem o interesse em recursos naturais, e com a escassez do petróleo no mundo, o futuro do Ártico, se não envolver uma forte diplomacia entre os países do Conselho e da ONU, acabará em um desastre, não somente humano, mas ambiental.O tema se tornou mais pesado com o vazamento de várias informações do site Wikileaks sobre o Ártico e as pretensões dos países envolvidos. Além do petróleo e gás, a região é rica em minério, como rubis, ouro, prata, ferro, zinco e carvão.Com relação ao site Wikileaks, Robert Huebert, especialista em geopolítica do Ártico na Universidade de Calgary, no Canadá, disse: “Telegramas do Wikileaks indicam que os dinamarqueses acreditam ter o direito de reclamar território até o Pólo Norte, os russos também acreditam nisso (…), e isso poderia ser uma fonte de conflitos no futuro.”Em um outro telegrama, diplomatas dos EUA falam de um “potencial aumento de ameaças militares no Ártico E conclui o especialista acima que “será um desastre ambiental e parece que ninguém vai fazer algo sobre isso.”Porém, os requerimentos os países e suas alegações sobre o direito a parte do território ainda serão analisados pela ONU, e demorará alguns anos, e esta demora pode ser favorável no que concerne a diplomacia no Co nselho Ártico, ou, desfavorável, com a militarização da região e de suas fronteiras, como por exemplo os EUA, que aumentaram o efetivo militar significadamente nas bases militares do Alasca.Espera-se que os países do Conselho entrem num acordo sobre os limites territoriais e que o mundo não viva num futuro próximo, a degradação ambiental completa de um dos lugares selvagens mais preservados do mundo, e que o desenvolvimento sustentável esteja no ânimo de cada país, e não somente o ânimo capitalista de devorar o Ártico, sob pena de piorar a situação das mudanças climáticas e agravar a situação de todo o globo, lembrando que os efeitos do aquecimento global é transfronteiriço.Vale ressaltar ainda que é de suma importância a criação de um Tribunal Ambiental Internacional para dirimir eventuais danos ambientais internacionais, bem como a aplicação do Princípio da Precaução dentro de um panorama mundial, efetivando a aplicação dos Tratados Internacionais, sancionando os transgressores, através de medidas econômicas, fiscais e políticas".
Alan da Motta
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